quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Imprensa critica Rede Globo por corte em transmissão de Edir Macedo

Repercutiu mal na imprensa a estratégia da Rede Globo de cortar a aparição da cúpula da Record durante a posse de Dilma Rousseff.

No sábado (1º), o empresário Edir Macedo, proprietário da Record; o presidente da emissora, Alexandre Raposo; o vice-presidente de Jornalismo, Douglas Tavolaro; e o presidente Corporativo do grupo, Marcos Pereira, foram recebidos pela nova presidente durante cerimônia reservada com os chefes de Estado no Palácio do Planalto.

A TV Globo encerrou a transmissão mais de uma hora antes do previsto na sua programação, minutos antes de os dirigentes da Record aparecerem nas imagens. A GloboNews, canal noticioso do grupo carioca, manteve a transmissão, mas cortou o momento do cumprimento entre Edir Macedo e Dilma para uma imagem do avião presidencial.

Hoje, vários jornais criticaram a postura da Globo.

Cristina Padiglione, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, comentou que “Edir Macedo surgiu de raspão na tela da GloboNews durante a transmissão da posse de Dilma”. Segundo ela, “a Globonews (…) se referiu ao presidente da emissora, Alexandre Raposo, como agente do cerimonial.”.

A colunista de televisão da Folha de S.Paulo, Keila Jimenez, informou ainda que a Globo, na hora do corte, “colocou no ar compacto de melhores momentos do Caldeirão do Huck”.

Flávio Ricco, colunista de televisão do UOL e do jornal Diário de São Paulo, também noticiou com o título “corta rápido”.

Dois pesos

No mesmo dia, o Jornal Nacional dedicou um minuto a um encontro de evangélicos liderado por um dissidente da Igreja Universal. O evento reuniu cerca de 100 mil pessoas no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Há oito meses, um evento da Igreja Universal reuniu mais de 1 milhão de pessoas no mesmo local, em Interlagos. A Globo não noticiou o encontro.

O evento aconteceu no Brasil inteiro e teve a participação estimada de 8 milhões de pessoas.

O único veículo do grupo a noticiar o encontro foi o jornal O Globo. A publicação deu foco ao “congestionamento” e à “sujeira”, com o título pejorativo de “Caos universal e autorizado”.

Fonte: R7 / O Verbo




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